Os plátanos que ladeiam a Avenida Calouste Gulbenkian - antiga Estrada de S. Pedro - têm sido a razão de muitas conversas. E até controvérsias.
Há aqueles que defendem a sua manutenção.
Há quem defenda o seu arranque.
Argumentos a favor e contra por qualquer das opções são expressos alguns até com veemência.
Importa talvez reflectir de uma forma despretenciosa e descomprometida.
Sendo uma verdade inegável que os plátanos existirão pelo menos desde que a ex-Extrada de S. Pedro foi calcetada, a verdade é que nessa altura o perímetro urbano, praticamente, estava todo ele localizado no que hoje se designa por Centro Histórico.
A Estrada de S. Pedro não tinha passeios definidos e para além dos plátanos existiam terras destinadas a culturas arvenses, sobretudo, cereais.
A Vila cresceu entre a Avenida e o Hopsital da Misericórdia; a Rua Principal do Bairro Operário (Rua Dr. Telo da Gama) e o Campo de Futebol (Estádio Capitão César Correia).
Com a construção de habitações de ambos os lados da Av. Calouste Gulbenkian e o calcetamento dos passeios começara-se a notar alguns problemas causados sobretudo pelas raizes mais superficiais dos plátanos.
É também um facto indesmentível o prejuízo causado por essas raizes nos passeios (originando até algumas quedas) assim como nos páteos térreos das residências.
Há também um argumento que tem a ver com as possíveis alergias causadas por aqueles "pelos" libertados pelos plátanos logo no início da Primavera.
A facvor da manutenção dos plátanos há também alguns. A sombra que proporcionam e que é muitíssimo procurada por condutores de viaturas automóveis durante todo o Verão. Mas também defendem a sua manutenção aqueles que sentem que as suas habitações beneficiam da sua sombra, sobretudo, no Verão.
Ponderados os argumentos a favor e contra, talvez valesse a pena abrir-se este debate, quem sabe, na Assembleia Municipal, por forma a encontrar uma solução consensualizada.
Por mim aqui deixo uma ideia.
Talvez os plátanos existentes possam ser substituídos por outro tipo de árvore, igualmente, de folha caduca que garanta a permanência de Sol quando ele menos abunda, ou seja, durante o Inverno, e que garanta sombra durante o Verão.
Os técnicos serão capazes de encontrar a melhor e mais adequada solução.
Já agora um pedido para alguns moradores na Avenida Calouste Gulbenkian: por favor não atem mais arames em redor do tronco dos plátanos, como forma de os matar. Sempre que se mata uma árvora, mata-se um ser vivo.