Em todas as localidades onde há uma grande indústria repartida por uma ou várias unidades o que é normal acontecer é o aparecimento de unidades comerciais assim como unidades de serviços que apoiem essa(s) grande(s) indústria(s).
Acontece que em Campo Maior tal não acontece.
O comércio existente é na sua esmagadora maioria a pequena mercearia suportada por um ou dois membros da mesma família.
O pequeno bar/café também suportado por um ou dois membros da mesma família.
E as empresas de serviços assentam quase todas a sua actividade principal na organização da contabilidade das pequenas mercearias, bares e cafés.
As empresas e os empresários agrícolas são cada vez em menor número.
As pequenas mercearias existentes vivem com enormes dificuldades resultantes de dois factores que se conjugam. O primeiro é que há três superficies comerciais com alguma dimensão que é a primeira opção de compra para a generalidade dos Campomaiorenses porque há maior diversidade de oferta e, normalmente, preços promocionais. O segundo porque os clientes dessas mercearias só a elas vão para pequenas compras, mas fundamentalmente quando começa a sobrar mês fazem as suas compram e dizem para a proprietária: "aponta aí que eu depois pago".
Os pequenos cafés face às margens de lucro que a venda dos produtos permite torna possível a sobrevivência de algumas famílias.
Face a esta realidade talvez agora que está na moda o empreendedorismo, os novos empreendedores, que sempre os houve em Campo Maior, consigam encontrar novos ramos de negócio tendo presente que há uma indústria - a torrefacção de café - que tem o seu maior pólo, precisamente, em Campo Maior e que essa indústria é grande consumidaora de prudutos e serviços, altamente, qualificados.
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