terça-feira, 30 de agosto de 2011

PARADOXO CIRCUNSTANCIAL

Campo Maior está a viver um dos seus períodos de fortíssima afirmação comunitária traduzida narealização das suas Festas do Povo.
As Festas do Povo são a maior manifestação de arte popular e cultural que, mais e melhor, identifica a comunidade Campomaiorense.
As Festas do Povo são uma manifestação de espírito comunitário e solidário oque lhes confere uma identidade singular e inigualável.
As Festas do Povo só são possíveis com esforço, empenhamento, brio e querer de todos os Campomaiorenses. São uma demonstração de vontade de sucesso, de defesa de um património colectivo, resultado de uma vontade colectiva de garantir a continuidade de um património herdado dos que os precederam.
Paradoxalmente.
A Misericórdia enquanto gestora da Rádio Campo Maior mantendo uma postura de alheamento completo durante todo o período de preparação das Festas do Povo, entregou a gestão da Rádio Campo Maior a uma cocorrente que sempre tentou evitar instalação e consolidação da Rádio Campo Maior.
Em simultâneo com a manifestação de identidade da comunidade Campomaiorense, como são as festas do Povo, quem gere a Misericórdia, com a entrega da Rádio Campo Maior àqueles que sempre quiserm que esta não Rádio jamais existisse, fazem com Campo Maior perca o melhor veículo de divulgação dos valores patrimoniais de todo a comunidade.
Se a Rádio Campo Maior foi entregue, e ao que consta, vendida, a quem sempre procurou que jamais existisse, Campo Maior, pode ter perdido, definitivamente, um património colectivo que os Campomaiorenses sentiram como seu desde o início das suas emissões há 10 anos.
A alienação de património, geralmente, é irrecuperável.
Tudo deveria ter sido feito para garantir a continuidade da Rádio Campo Maior, em Campo Maior. Será que foi feito algum esforço para garantir a continuidade com sucesso da Rádio que todos os Campomaiorenses ouviam ?
Enquanto a generalidade dos Campomaiorenses se une para afirmar a sua individualidade e identidade específica, alguns (os que gerem a Misericórdia) tomam decisões que vão em sentido contrário.

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