sexta-feira, 27 de novembro de 2009

AGRICULTURA

O concelho de Campo Maior dispõe de solos com boa capacidade agrícola. Em sequeiro, particularmente, vocacionados para a cultura de cereais assim como para a produção de azeitona.
Depois de 1967 com a construção da Barragem do Caia passou a dispôr de água para regar uma área significativa, deixando de haver factor limitante.
A cultura do tomate foi a opção em consequência da construção da chamada fábrica do tomate também conhecida pela CAIA e de esta garantir o escoamento para esse produto.
Ao longo das últimas 3 décadas as circunstâncias alteraram-se. A cultura de cereais deixou de ser rentável em sequeiro na maioria do solos até então utilizados, a produção de azeitona, maioritariamente, originária de olivais velhos e muito velhos deixou de produzir em condições económicas atrativas e as potencialidades do regadio ficaram por aproveitar em consequência da nova PAC - Política Agrícola Comum.
Face a todos estes circunstancialismos a agricultura que no último século foi uma actividade de valorização social negativa sofreu as consequências do modelo de desenvolvimento porque Portugal optou.
O n.º de agricultores que abandonou a actividade foi enorme.
As parcelas de terreno sem qualquer aproveitamento não pára de aumentar perante a indeferença generalizada.
Será que todos nos esquecemos que todos os dias tomamos, no mínimo, três refeições e que tal só é possível em resultado da produção agrícola em zonas bem distantes?
Será que todos nos esquecemos que mantendo as actuais circunstâncias se e quando surgir a mais pequena crise deixaremos de ter acesso a bens essenciais à nossa sobrevivência?
Sobre tudo isto é importante reflectir, projectar e agir.

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